O
presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, faleceu na tarde desta
terça-feira, 05 de março de 2013, em decorrência de complicações de seu
estado de saúde, já fragilizado pela luta contra o câncer.
Reeleito em outubro de 2012, Chávez não chegou a tomar posse para o
novo mandato, devido à necessidade de manter o tratamento, que era
realizado em Cuba, por escolha do próprio presidente.
Desde o surgimento de sua doença, Chávez passou a fazer declarações
de fé publicamente, dizendo acreditar que a cura divina poderia ajudá-lo
a superar o câncer.
Em maio de 2012, antes de sua viagem para Cuba, Hugo Chávez disse que o câncer havia causado uma aproximação dele com Deus, e demonstrou fé: “Tenho certeza que nosso Cristo, continua fazendo milagre”.
Embora tenha chegado anunciar sua cura da doença, as palavras de
Chávez nunca foram ricas em detalhes sobre seu real estado de saúde. Já
durante as eleições presidenciais do ano passado, o presidente dava
sinais de que estava fragilizado, e no anúncio de sua vitória, desejou forças
para assumir o novo mandato: “Peço a Deus que me dê saúde para seguir
fazendo mais e melhor pelo povo venezuelano”, declarou, antes de
agradecer pela vitória: “Foi realmente, como vínhamos dizendo nos
últimos meses, uma batalha perfeita, democrática. Graças a Deus e à
consciência de nosso povo, não houve nenhum acontecimento hoje para
lamentar”.
Em dezembro, anunciou que deveria passar por novas cirurgias, cogitando, desde então, não assumir o novo mandato.
O anúncio de sua morte foi feito pelo vice-presidente, Nicolas
Maduro, que vinha ocupando o posto de Chávez durante sua licença. Novas
eleições presidenciais deverão ocorrer em trinta dias, e a tendência é
que o próprio Maduro enfrente Henrique Capriles, candidato derrotado em
outubro, mas que foi o opositor que mais perto chegou de desbancar
Chávez do poder.
A história de Hugo Chávez na Venezuela inclui a tentativa de um golpe
de estado em 1992, quando era militar, e que resultou em sua prisão.
Anos depois, em 1999, foi eleito presidente do país e promoveu mudanças
constitucionais, que permitiram sua reeleição indefinidamente.
No Brasil, a presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três
dias e afirmou que apesar de o governo brasileiro “em muitas ocasiões
não concordar integralmente com o presidente Hugo Chávez”, reconhecia
nele “uma grande liderança e, sobretudo, um amigo” do país, segundo o
G1.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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